“As taxas de juros afetam o custo de capital das companhias e, portanto, afetam seus lucros.
Se as taxas de juros estão elevadas, os juros da dívida das empresas aumentam. E, também, haverá menos projetos disponíveis que valham a pena do ponto de vista financeiro. Temos aqui um ciclo vicioso completo que atinge os lucros.
Se as taxas de juros estão baixas, o custo da dívida das empresas diminuem, o que se traduz em maiores taxas de lucro. Além de que haverá uma maior disponibilidade de projetos que farão sentido do ponto de vista financeiro em relação à renda fixa.
Adicione-se a essas espirais a ação individual dos investidores, que sempre buscam maximizar os retornos, minimizando os riscos. Este fato basicamente os farão migrar para renda fixa quando as taxas de juros estiverem elevadas, assim como migrarem para renda variável, quando as taxas de juros estiverem baixas.
Pode-se pensar neste último fato como um acelerador das condições acima especificados nesta relação entre taxa de juros e renda variável.
Esta simples explicação deste simples mecanismo nos mostra o porquê das recessões serem tão forte e tão rápidas assim como são as recuperações econômicas.
Faz sentido estas migrações maciças tanto para as empresas, quanto para os investidores, o que sempre manterá a economia mundial desbalanceada.
Passo a concluir então que não há necessidade de tentar antecipar tendências, quando o mercado vira para alta, esta tende à durar. Quando inicia-se um período de queda, este estende-se também.
Barganha e sobreavaliação de ativos ao fim e ao cabo, parecem ser conceitos eminentemente subjetivos, mais baseado em sentimentos extremos entre a euforia e o medo, do que em métricas financeiras.
FCL, pequeno investidor e filósofo. rs