Relação entre taxa de juros e mercado acionário

“As taxas de juros afetam o custo de capital das companhias e, portanto, afetam seus lucros.

Se as taxas de juros estão elevadas, os juros da dívida das empresas aumentam. E, também, haverá menos projetos disponíveis que valham a pena do ponto de vista financeiro. Temos aqui um ciclo vicioso completo que atinge os lucros.

Se as taxas de juros estão baixas, o custo da dívida das empresas diminuem, o que se traduz em maiores taxas de lucro. Além de que haverá uma maior disponibilidade de projetos  que farão sentido do ponto de vista financeiro em relação à renda fixa.

Adicione-se a essas espirais a ação individual dos investidores, que sempre buscam maximizar os retornos, minimizando os riscos. Este fato basicamente os farão migrar para renda fixa quando as taxas de juros estiverem elevadas, assim como migrarem para renda variável, quando as taxas de juros estiverem baixas.

Pode-se pensar neste último fato como um acelerador das condições acima especificados nesta relação entre taxa de juros e renda variável.

Esta simples explicação deste simples mecanismo nos mostra o porquê das recessões serem tão forte e tão rápidas assim como são as recuperações econômicas.

Faz sentido estas migrações maciças tanto para as empresas, quanto para os investidores, o que sempre manterá a economia mundial desbalanceada.

Passo a concluir então que não há necessidade de tentar antecipar tendências, quando o mercado vira para alta, esta tende à durar. Quando inicia-se um período de queda, este estende-se também.

Barganha e sobreavaliação de ativos ao fim e ao cabo, parecem ser conceitos eminentemente subjetivos, mais baseado em sentimentos extremos entre a euforia e o medo, do que em métricas financeiras.

FCL, pequeno investidor e filósofo. rs

Uns minutos livres…

Você vê a genialidade por trás da simplicidade da estratégia conservadora de alocação passiva de ativos?

Ao segui-la à risca, o pequeno investidor está comprando nesse momento títulos públicos, num momento de altas taxas e expectativa de queda na inflação e na SELIC. E, de quebra, mantendo seu dinheiro novo afastado da loucura que se tornou a bolsa e os FIIs.

Pode parecer frustrante hoje ter que comprar títulos públicos enquanto a bolsa só sobe. Mas será que daqui 1 ano esse mesmo pequeno investidor não estará fazendo uma romaria à Nossa Senhora de Aparecida em agradecimento à estratégia passiva?

A meu turno, sou investidor passivo, no que tanta à minha Carteira de Investimentos, porém, sou ativo na escolha das ações que comporão meu portfólio.

Porém, essa simbiose de técnicas é resultado de um desejo meu de estudar mais a fundo esse setor; desnecessário portanto.
Abraços.

Carteira de Investimentos: Julho/16 (+7,49%)

fire

Mas que futuro lindo, não?

Evolução Patrimonial: +11,60% Houve aportes novos e uma forte rentabilidade no mês.

Alocação de Ativos: Fiz uma aquisição numa ação no mês passado, comprei taxa SELIC e dólar. Minha alocação ainda está torta, porque a bolsa só sobe. Seguirei em SELIC e dólar em agosto. E vou vender 1% da minha carteira de ações.

alocação julho

Carteira de Ações: +10,99% Após a forte alta de junho de +12,44%, minha Carteira de Ações manteve o desempenho impressionante. Detenho atualmente 13 empresas: Alupar, Banco do Brasil, Brasil Foods, Comgás, Cyrela, Embraer, Grendene, Itaú, Kroton, Natura, Pão de Açúcar, Suzano e Vale. Diminuí minha participação em Estácio, entrei em Suzano. Rendimento Anual: +38,48% Rendimento Histórico: +41,52% (desde outubro/2013)

Carteira de FIIs: +11,36% Detenho RNGO11, NSLU11B, XPGA11, SDIL11, e EDGA11B. Já não me sinto confortável com esse nível dos preços. Rendimento Anual: +28,77% Rendimento Histórico: +44,59% (desde janeiro/2014)

Carteira de Títulos Públicos: +2,18% Recomprei taxa SELIC com o aporte novo. Rendimento Anual: +16,51% Rendimento Histórico: +22,69% (desde outubro/2013)

Carteira de Moedas Estrangeiras: +1,70% Apenas dólar, por hora. Fundo cambial da Votorantim. Aumentei mais um pouco a minha alocação neste veículo financeiro.
Rendimento Anual: -4,84% Rendimento Histórico: -4,84% (desde março/2016)

Carteira Total: +7,49% Nesse mês, repus conservadorismo. Em agosto, continuarei buscando mais defensividade com o dinheiro novo. Talvez eu venda uma das 13 ações.
Rendimento Anual: +26,75% Rendimento Histórico: +25,38% (desde outubro/2013)

rentatibidade julho

Minha Carteira de Investimentos fechou com uma rapidez impressionante o GAP entre ela e a Poupança, o IPCA e o IGP-M. Voltei ao jogo!

A reprecificação do Bovespa

Estou em meio a mais uma viagem de ônibus para o devido cumprimento das minhas obrigações profissionais, aproveitarei um pouco deste tempo num artigo:

Este gráfico que criei traz os marcadores fundamentalistas mutáveis por preço que acompanho. No caso, Cyrela, desde janeiro de 2010.

Logo de cara pode-se extrair que COTAÇÃO NÃO QUER DIZER NADA!

E quando digo nada, é nada mesmo. Não converge nem com preço e nem com valor, trata-se apenas de um número aleatório definido pelo ofertante original que permita a livre negociação do veículo financeiro.

Um iniciante empolgado poderia afirmar “tá barato”, ao observar exclusivamente a cotação,  visto que esta encontra-se em um número mais baixo do que aquele do início de 2015. Não obstante, um sujeito experimentado e escaldado pode perceber uma clara sobrevalorização nas ações da Cyrela, observando seu P/L e seu EV/EBITDA, num patamar que não se via desde dezembro de 2012.

Alguns que observaram o compilado, pode reparar que o P/VPA encontra-se nas mínimas do período coberto; e de fato está.

Portanto, sob essa ótica, poderíamos estar diante de uma barganha? 

Seria correto pensar: “uau, 36% de desconto nos ótimos terrenos e apartamentos da Cyrela!”?

Evidente que não!

O indicador P/VPA não serve de nada ao ser analisado isoladamente. Essa afirmação fantasiosa do parágrafo acima pode nos levar a crer que comprar ações de empresas nos torna dono delas, como sempre os especialistas repetiram para nós. Não é verdade! Comprar ações nos dá ALGUNS poucos direitos sobre a empresa, entre eles obviamente não estão inclusos o enceramento das atividades da empresa. Num simples resumo: não vão vender todos os ativos e encerrar a empresa, te repassando a sua parte, porque você encontrou forte desconto nesse indicador, campeão.

Temos um fato: P/VPA descontado.

Temos um segundo fato: não vão te repassar esse desconto.

Temos um terceiro fato: não há a obrigação desse indicador convergir para a sua média histórica ou atingir o numeral 1.

Agora teríamos suposições a fazer sobre eles…

E eu poderia percorrer dezenas de parágrafos com elas, a santa da minha namorada bem sabe (sofre) com minhas elocubrações  sobre investimentos, mas farei melhor; segue:

Esse gráfico expõe a realidade da empresa com uma simplicidade ímpar: ela gera cada vez menos lucro sobre um patrimônio líquido cada vez maior. Fim!

Some 1 + 1!

Por que alguém pagaria mais por um patrimônio que é ineficiente para gerar lucro? Estamos na pior faixa de ROE da história da Cyrela. Não tem desconto sobre o patrimônio coisa nenhuma! O que temos é a boa e velha lei do mercado se ajustando a nova realidade da empresa.

Sim, eu poderia adicionar receita bruta, líquida, EBITDA, EBIT, suas margens todas, a relação entre receita e despesas, ROIC, Índice de Eficiência e etc, mas suprimi. O bendito do ROE conta essa história sozinho pra gente.

Neste momento temos uma ação sobreavaliada, cujos preços, baseados em expectativas, saltou à frente dos fundamentos e estes não deram o menor sinal de melhora.

Eu não colocaria meu dinheiro novo aqui nesse momento, na verdade, estou desejando vendê-la num futuro próximo, caso esse descasamento entre preço/valor continue.

Por outro lado, os dados extraídos dos relatórios das empresas contam sempre sobre o passado, não sobre o presente, nunca sobre o futuro.

Será que teremos boas novidades no campo fundamentos? Saberei em atraso, nos próximos resultados trimestrais.

Carteira Estratégia


Vim comunicar a vocês o encerramento da minha Carteira Estratégia. 

Repensei e concluí que não vale a pena.

Eu, como pequeno investidor, PRECISO, utilizar ao máximo a minha isenção tributária. É uma das poucas armas que temos a nossa disposição.

E, detendo 2 carteiras diversas, eu fatalmente abriria mão desta vantagem que certamente me abandonará quando eu estiver no caminho do milhão. (20 mil será troco de bala nesta instância).

Voltarei ao foco irrestrito a minha Carteira de Investimento, me permitindo especular com até 5% dela, trocando SELICpor volatilidade e é isso. 

Nesses 60 dias de existência, obtive 9% de retorno líquido, sendo 15% de lucro em Estácio, 16% em CEMIG e -8% em Embraer. Afora 0,50% em taxa SELIC.

Esse dinheiro voltará para onde veio.

Como extra, gostaria de compartilhar que CEMIG entrou em tendência de alta de longo prazo. (Na minha opinião de amador destreinado) Mas nada impede que alguma mudança brusca derrubei ao limbo de novo. Atenção!
Abraços. 

Carteira de Investimentos: Junho/16 (+5,04%)

bino

Temos o direito a avistar o horizonte?

Após a forte correção no índice bovespa em maio, este disparou-se como um foguete em junho e sinaliza continuação do movimento ascendente para os próximos meses (vai saber!). Por ainda vislumbrarmos alguns bons ativos a bons preços, creio não podermos afirmar que estamos vivenciando novo momento de preços esticados.

Por outro lado, os FIIs me parecem caros. Estão nos oferecendo aluguéis da ordem entre 8 e 10% líquidos, contra 12% de qualquer CDB, com ativos que já subiram entre 15 e 25% neste ano, minimizando a chance de nova escalada nos preços. Creio que este mercado está assimétrico, com mais chance de perdermos dinheiro do que ganharmos.

 

Neste mês, seguindo meus pensamentos, desinvesti em FIIs e aumentei exposição em ações, ficando temporariamente longe da minha alocação de ativos desejada.

Evolução Patrimonial: +1,40% Não fiz novos aportes e ainda utilizei o dinheiro de algumas vendas para outras coisas, que serão repostas ainda essa semana. Em sendo assim, a evolução patrimonial foi baixa, ante a rentabilidade.

Alocação de Ativos: Em relação ao mês passado, aumentei a minha participação em ações, trocando alguns títulos atrelados à SELIC conforme seguia a correção da bolsa, assim como diminuí a minha participação em FIIs. Atingi 45% da minha carteira em ações. Pretendo no mês de julho comprar dólar e taxa SELIC (cash).

alo jun

Carteira de Ações: +12,44% Após a forte queda de -9,79% em maio, minha Carteira de Ações recuperou-se com bônus, enquanto eu investia em novas empresas. Detenho atualmente 13 empresas: Alupar, Banco do Brasil, Brasil Foods, Comgás, Cyrela, Embraer, Estácio, Grendene, Itaú, Kroton, Natura, Pão de Açúcar e Vale. Diminuí minha participação em Cyrela e Estácio, aumentei minha participação em Brasil Foods e adquiri Alupar.
Rendimento Anual: +25,34% Rendimento Histórico: +28,16% (desde outubro/2013)

Carteira de FIIs: -2,50% Detenho RNGO11, NSLU11B, XPGA11, SDIL11, e EDGA11B. Vendi 30% das minhas NSLU11B e encerrei minha participação em BRCR11B. No último dia do mês, EDGA11B caiu 5% e feriu de morte a minha rentabilidade em FIIs no mês.
Rendimento Anual: +15.47% Rendimento Histórico: +29,48% (desde janeiro/2014)

Carteira de Títulos Públicos: +1,72% Diminuí minha alocação em taxa SELIC para comprar ações durante o mês, espero repô-la. Rendimento Anual: +15,48% Rendimento Histórico: +22,28% (desde outubro/2013)

Carteira de Moedas Estrangeiras: -9,10% Apenas dólar, por hora. Fundo cambial da Votorantim. Aumentei um pouco a minha alocação neste veículo financeiro.
Rendimento Anual: -8,04% Rendimento Histórico: -8,04% (desde março/2016)

Carteira Total: +5,04% Nesse mês, continuei a aumentar volatilidade, seguindo a escalada das ações, após a forte queda de maio. Retomarei em julho a busca por mais defensividade, com o dinheiro novo.
Rendimento Anual: +18,82% Rendimento Histórico: +17,47% (desde outubro/2013)

rent jun

Bati o CDI de março de 2015 e começo a me aproximar das inflações e da Caderneta de Poupança, que fase!

Carteira de Investimentos: Maio/16 (-2,60%)

chess

Em maio, o índice bovespa encerrou o mês com forte queda de 10,09%, amparado principalmente pela forte correção no setor de siderurgia, embora quase todos os outros setores tenham passado por correção.

Nos últimos meses, com o mercado em franca queda, eu, mesmo sendo um amador e iniciante (ou por conta disso), vislumbrei alguns setores com extremo desconto, notadamente, construção civil, educação, bancos, siderurgia e commodities. Naquele momento, minha carteira de ações estava super concentrada em alguns poucos papéis, esperando a reprecificação dos meus eleitos.

Há 3 meses deu-se início a este processo de correção no preço dos ativos de renda variável e eu passei a vender, no limite de R$ 20.000,00/mês, o excedente dessa minha concentração, reinvestindo imediatamente o dinheiro dessas vendas em outras empresas, ampliando a minha diversificação.

Foram 3 meses seguidos de venda de concentração e compra de diversificação e ainda precisarei dos meses de junho e julho para completar o meu plano.

Evolução Patrimonial: -1,50% Os aportes no mês não foram suficientes para combater a queda na rentabilidade. Tudo bem!

Alocação de Ativos: Em relação ao mês passado, aumentei a minha participação em ações, trocando alguns títulos atrelados à SELIC conforme seguia a correção da bolsa. Aumentei em 3% a minha participação em ações nesse mês, em comparação com o mês anterior, diminuí taxa SELIC em 4,50% e aloquei 1% a mais em fundo cambial de dólar nesse mês.

alocação maio.16

Carteira de Ações: -9,79% Detenho 12 empresas: Banco do Brasil, Brasil Foods, Comgás, Cyrela, Embraer, Estácio, Grendene, Itaú, Kroton, Natura, Pão de Açúcar e Vale. Diminuí minha participação em Comgás, Cyrela, Kroton e Pão de Açúcar, (re)iniciei investimento e/ou aumentei participação em Banco do Brasil, Embraer, Grendene, Itaú, Natura. Rendimento Anual: +11,80% Rendimento Histórico: +14,39% (desde outubro/2013)

Carteira de FIIs: +5,13% Detenho RNGO11, NSLU11B, XPGA11, SDIL11, BRCR11 e EDGA11B. Sem movimentos durante este mês. Rendimento Anual: +15,11% Rendimento Histórico: +26,33% (desde janeiro/2014)

Carteira de Títulos Públicos: +1,27% Diminuí minha alocação em taxa SELIC para comprar ações durante o mês, espero repô-la. Rendimento Anual: +13,00% Rendimento Histórico: +19,37% (desde outubro/2013)

Carteira de Moedas Estrangeiras: +3,52% Apenas dólar, por hora. Fundo cambial da Votorantim. Rendimento Anual: +1,33% Rendimento Histórico: +1,33% (desde março/2016)

Carteira Total: -2,60% Nesse mês adicionei volatilidade, numa estratégia de quem apostou que a queda de maio foi muito acentuada. Espero nos próximos meses retomar a minha busca por mais defensividade na Carteira.
Rendimento Anual: +12,61% Rendimento Histórico: +11,39% (desde outubro/2013)

alocação maio.16

Com a queda deste mês, minha Carteira de Investimentos iniciada em outubro de 2013 está trazendo hoje um retorno levemente acima que o CDI trouxe em setembro de 2014. A surra continua!

[Link Externo] O Acirramento no Mercado da Cielo

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GetNet, do Santander, cresce entre grandes varejistas e ganha mercado:

http://epocanegocios.globo.com/#/noticia/Empresa/noticia/2016/05/epoca-negocios-getnet-do-santander-cresce-entre-grandes-varejistas-e-ganha-mercado.html

Com o fim da reserva de mercado e a liberalização da concorrência, parece que esse setor terá redução de margens mais acentuada, virará um negócio de escala mesmo, de captação de baixos pontos percentuais em cada transação.

Para a sociedade e para o comércio em geral é um ótimo prognóstico, para os acionistas da Cielo, indica que esse negócio pode vir a ser bastante defensivo no futuro, com baixo capex e com boa distribuição de dividendos, mas sem margem para alto crescimento.

Num chute, já que sou amador e não devo satisfações ao acerto, a era de crescimento deste setor está chegando ao fim, com a Cielo saindo na frente em sua consolidação.

Podemos estar diante de uma mudança de categoria de negócio: de crescimento pra distribuição de proventos.

Eu não desejo adquirir Cielo a esses preços nesse momento, embora se trate de uma ótima empresa.